Com a velocidade exagerada com que o tempo passa, perco-me, sem excesso, na saudade que me deixaste disposta em paredes do nosso lar. Vejo-te e revejo-te na minha eterna sensação de saudade de um tempo vivido, irreversível e frequentemente idealizado.
No meio do silêncio, causado pelo vazio da tua presença, oiço o enternecedor bater do meu coração e a minha sôfrega respiração enquanto, em pensamentos pausados, invejo a tua beleza. Fito o vazio com pensamentos, fito o silêncio com batimentos cardíacos e a ansiedade com idealizações de um futuro próximo e fiel. Não desgosto da colheita que fizemos, mas lamento que o alimento seja escasso e que o único que reste seja, somente, a saudade.
Prometes voltar?
f.
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